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Novembro Azul – mês de combate ao câncer de próstata. A Uromedic apoia essa causa.
A próstata é uma glândula pequena, em forma de uma noz, localizada na parte baixa do abdômen. É encontrada apenas em indivíduos do sexo masculino. Se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto. A próstata envolve a porção inicial da uretra, tubo que leva a urina da bexiga para o meio exterior. A próstata tem função importante na reprodução, nutrindo os espermatozoides e criando um ambiente adequado para que os mesmos permaneçam vivos.
No Brasil o câncer de próstata é o segundo mais frequente dentre os homens, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma. O principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de próstata é a idade, basta dizer que 62% dos paciente acometidos têm mais de 65 anos.
A estimativa do Instituto Nacional do Câncer(INCA) para o ano de 2017 é de 68.800 novos casos de câncer de próstata, o significa 7,9 novos casos diagnosticados a cada hora, além da previsão de 15.000 óbitos em decorrência da doença.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia todos os homens a partir de 50 anos devem procurar um urologista. Caso tenha história familiar, seja da raça negra ou apresente obesidade a prevenção deve ser iniciada aos 45 anos.
O grande trunfo no tratamento da neoplasia maligna da próstata é o diagnóstico precoce, uma vez que a chance de cura da doença é acima de 90%, desde que descoberta no início.
O câncer de próstata pode ser suspeitado precocemente pela combinação de um exame de sangue, que avalia os níveis de psa, e pelo exame digital da próstata (toque retal). Ë importante salientar que 75 a 80% dos pacientes com psa elevado não são portadores do câncer de próstata. Por outro lado 20% dos pacientes sintomáticos apresentam psa normal.
O toque retal é importante, pois é justamente na área da glândula que pode ser alcançada pelo reto que começa a maioria dos cânceres de próstata. Como a próstata fica logo na frente do reto, o exame permite que o médico sinta se há nódulos ou tecidos endurecidos, indicativos da existência de câncer, provavelmente em estágio inicial.
Com relação à alimentação no passado acreditava-se que o consumo de tomate, rico em licopeno, e da castanha-do-pará, rica em vitamina E e selênio teriam um fator protetor contra o câncer de próstata. No entanto, estudos posteriores concluíram que esses alimentos não tinham esse efeito. Sendo assim, a melhor forma de prevenção ainda é a adoção de estilo de vida saudável, dentre eles, prática de atividade física, evitar o tabagismo, reduzir a ingestão de gordura animal e realizar exames médicos regularmente.
Procure seu urologista regularmente.
Transar muito dá infecção urinária e sabonete íntimo é puro marketing…
Fazer sexo de bexiga cheia aumenta as chances de desenvolver infecção urinária.
Verdade – Com o atrito da relação sexual, a chance de contaminação da uretra é maior, por isso, urinar antes e após a relação é tão importante. De acordo com Dr. Antônio Carlos Vieira Lopes, ginecologista e obstetra membro da Câmara Técnica de Ginecologia e Obstetrícia do Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb). “O ideal é urinar antes e após a relação sexual, porque a urina consegue eliminar grande parte das bactérias que porventura estejam colonizando a uretra”, explica ele.
Calcinha de algodão é melhor que calcinha de tecidos sintéticos.
Verdade – Usar frequentemente roupas que não deixem a região genital “respirar”, como calças jeans e lingerie de tecido sintético, pode alterar as características da região, propiciando o aparecimento tanto de infecções urinárias quanto infecções genitais. “Calcinha de algodão é melhor porque permite a dissipação do calor, que junto com a umidade natural vai ser perfeito para o desenvolvimento de bactérias e fungos”, explica Ricardo Menezes Azevedo, uroginecologista do Multicentro Amaralina.
Lavar a vulva com vinagre branco ou de maçã ajuda a tratar infecções genitais e urinárias.
Falso – O vinagre é ácido. Embora um pH ácido seja melhor para tratar as infecções urinárias, o tratamento caseiro nunca é recomendado. “Se você usa o vinagre, que é ácido, pode piorar uma candidíase, por exemplo”, sinaliza a fisioterapeuta uroginecológica Patrícia Lordêlo. O melhor mesmo para evitar problemas futuros é procurar um médico, identificar a doença e tratar corretamente.
Corrimento é sinal de algum problema na vagina.
Falso – Nem todo corrimento é sinal de problemas na vagina. “O corrimento claro e fluido é normal e resulta da lubrificação natural da mulher”, explica Patrícia Lordêlo. Ela conta ainda que o cheiro deve ser o normal, típico da vagina e de seus feromônios, e não um odor fétido.
Sabonete ginecológico é melhor para lavar a região íntima.
Falso – “É puro marketing. Eles não trazem benefício algum”, diz a dra. Patrícia Lordêlo. Ela ainda recomenda fazer a higiene da região externa, nos grandes e pequenos lábios, com água e sabonete. E se tomar muitos banhos no dia, basta lavar a região íntima no máximo duas vezes, para evitar alteração das características fisiológicas da região.
Prender o xixi pode dar infecção urinária.
Verdadeiro – A mudança de comportamento, como passar a postergar a micção, pode alterar o funcionamento da bexiga, resultando em uma incontinência e até em infecção, pela não expulsão de toda urina armazenada. “Muitas mulheres até deixam de beber água para não urinar em lugares públicos”, diz o ginecologista e obstetra Antônio Carlos Vieira Lopes. Portanto, se sentir vontade, não segure. É melhor sofrer com as condições do banheiro que sofrer com as dores de uma infecção.
Transar muito aumenta a chance de desenvolver infecção urinária.
Verdadeiro – Manter relações mais frequentes ou com maior duração pode ajudar, já que a perda da lubrificação gera maior atrito na região, facilitando a migração das bactérias presentes no períneo para a uretra, por exemplo. “Pacientes na menopausa que têm pouca lubrificação também tendem a ter maior incidência de infecção urinária”, diz o uroginecologista Ricardo Azevedo.
O uso de lubrificantes, preservativos e óleos com aromas e sabores pode fazer mal.
Verdadeiro – Qualquer mecanismo que altere as características da vagina, como lubrificantes, preservativos, óleos, lenços e papel higiênico aromatizados podem alterar a microflora bacteriana da região e aumentar as chances de desenvolvimento de infecções genitais “O uso constante desses produtos faz mal. Os óleos, por exemplo, podem ser introduzidos no canal vaginal e irritar a mucosa. Mas o preservativo deve ser sempre utilizado”, explica dra. Patrícia Lordêlo, acrescentando que deve ser dada preferência para os neutros e certificados por empresas que garantam a segurança do produto.
Mulheres grávidas têm maior propensão à infecção urinária.
Verdadeiro – A compressão da bexiga pelo feto dificulta seu esvaziamento. “A grávida tem mais chance de ter cistite, principalmente nos últimos meses, porque ela pode não conseguir esvaziar a bexiga completamente”, diz Azevedo. A urina parada aumenta as chances de desenvolvimento da infecção. O ginecologista Antônio Carlos Vieira Lopes ressalta ainda que as mulheres grávidas devem tratar a infecção urinária mesmo quando não há sintomas. “Na mulher grávida, mesmo a cistite assintomática deve ser tratada, porque há possibilidades de complicações nos rins e há discussão na medicina indicando que pode haver até parto prematuro ou abortamento por isso”, indica.
Não é preciso ter uma lâmina separada apenas para a depilação íntima.
Verdadeiro – A atenção deve ser dada à higiene do produto. “Nunca compartilhe a lâmina com outras pessoas”, alerta Patrícia Lordêlo. Ela recomenda lavar bem o produto após o uso com água corrente e sabão, retirando completamente os resíduos, secar bem e armazenar em local que não seja úmido – a recomendação é a mesma para limpeza de brinquedos eróticos. Esteja atento ainda às características da lâmina – evite antigas ou que não estejam fazendo o corte corretamente, para evitar lesões no tecido. A médica faz ainda um alerta para quem faz depilação com cera. “Use sempre equipamentos descartáveis. Mesmo com a cera, nada deve ser reutilizado”. No caso da depilação a laser, sempre pergunte no local se há métodos de proteção do equipamento. O ideal é, a cada depilação, cobrir com plástico-filme a parte do equipamento que vai entrar em contato com o corpo.
Fonte: Correio da Bahia
Infecção urinária atinge até 80% das mulheres
Bactérias estão entre principais vilãs, mas anatomia do órgão sexual feminino também favorece incidência

Já pensou em sentir muita vontade de fazer xixi, a ponto de não conseguir segurar? Ou ir correndo várias vezes para o banheiro, mesmo sentindo aquela vontade de urinar só um pouquinho? E quando, junto com isso, ainda rola uma ardência que chega a dar calafrios pelo corpo? Sem trégua, a sensação de alívio ainda vem seguida de dor e, às vezes, de sangue.

Dr. Ricardo Menezes Azevedo
Essa situação de tormento atinge, ou ainda vai atingir, mais metade das mulheres. É a temida infecção urinária. “Cerca de 50% a 80% das mulheres vai ter infecção urinária ao menos uma vez na vida”, explica Ricardo Menezes Azevedo, uroginecologista do Multicentro Amaralina. Ele conta que a cistite, ou infecção baixa, é o tipo mais comum. O problema é mais recorrente entre as mulheres. Ele explica que essa propensão resulta de diferenças anatômicas.
O tamanho mais curto da uretra feminina facilita a migração das bactérias causadoras da infecção até a bexiga, onde a urina que foi produzida nos rins fica armazenada até a eliminação. A uretra feminina tem cerca de quatro centímetros de comprimento e a masculina, que é do tamanho do pênis, varia de oito a 16 centímetros, segundo a média brasileira.
Tatiana Almeida, engenheira mecânica de 29 anos, sofre com o problema todos os anos, desde os 13 anos, e já teve até 10 infecções em um ano. “Sempre corro para a emergência, porque sinto uma dor insuportável desde o início”.
Recorrente
Ela acrescenta que, por causa da dor, quando tem episódios de infecção ela também tem crises de ansiedade e que frequentemente cancela compromissos. Ela sofre da chamada cistite recorrente, que consiste em repetição de infecção urinária baixa mais de duas vezes por ano e acomete de 20% a 50% das mulheres, segundo Azevedo.
Um tipo mais grave de infecção urinária é a pielonefrite, também chamada infecção alta, uma infecção nos rins que pode se desenvolver por causa de uma cistite não tratada corretamente. A pielonefrite não tratada ou não curada pode resultar em lesão renal e insuficiência renal. Em casos mais graves, pode resultar em óbito por choque séptico, conhecido como infecção generalizada.
Tatiana conta que passou a beber mais água depois das sucessivas infecções e que passou a sofrer menos com o problema por isso “Eu criei o hábito de beber mais de dois litros de água por dia. Quando bebo menos, começo a ter os sintomas de infecção. Mas, até hoje, se tiver muito ocupada ou focada em alguma atividade, eu deixo pra fazer xixi quando acabar, mas sei que não é bom fazer isso”.
“A repetição de mais de dois casos de infecção urinária por ano resulta de infecções urinárias não bem tratadas ou indica presença de fator predisponente, como má formação da uretra ou da bexiga, presença de cálculo renal ou urina alcalina”, explica o ginecologista e obstetra Antônio Carlos Vieira Lopes, membro da câmara técnica de ginecologia e obstetrícia do Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb).
Fatores genéticos podem dar maior propensão à infecção urinária. No caso de Tatiana, as infecções urinárias são velhas conhecidas da família. “Minha mãe, minha avó e algumas tias já tiveram cistite várias vezes”, conta.
Bactérias: as grandes vilãs
As infecções urinárias são geralmente causadas por bactérias pertencentes à flora normal do ser humano. A flora vaginal é composta por mais de 70 tipos de micro-organismos, dentre eles fungos e bactérias como a Escherichia coli, que têm potencial de causar infecções.
“Cerca de 80% a 85% das infecções urinárias são causadas pela E. coli”, explica o uroginecologista Ricardo Azevedo.
O desequilíbrio das características normais da região genital, como alteração de pH, podem estimular a proliferação dessas bactérias, o que aumenta a chance de migração até a bexiga e do desenvolvimento de infecção urinária.
Por isso, pense duas vezes da próxima vez que estiver com medo de encarar o banheiro em uma festa ou se achar muito ocupado(a) para fazer uma pausa no trabalho para fazer xixi.
A recomendação mais importante para tratar as infecções urinárias é óbvia: procurar o médico, que deve prescrever exames para identificar o causador da infecção e receitar um remédio antibacteriano específico para o caso. Mas, para aliviar o sofrimento, muitas pessoas (desesperadas) procuram “tratamentos” pouco convencionais, como se lavar com Yakult ou vinagre branco. De acordo com o uroginecologista Ricardo Menezes Azevedo, recorrer a receitas caseiras para se tratar é perigoso. “Você pode até aumentar a infecção, não é aconselhável”, explica.
A fisioterapeuta uroginecológica Patrícia Lordêlo explica que tentar tratar uma infecção urinária em casa pode agravar outras, como as infecções genitais “Se você usa o vinagre, que é ácido, pode piorar uma candidíase, por exemplo” sinaliza ela, que também é coordenadora do Centro de Atenção ao Assoalho Pélvico (Caap) e professora da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública.
Confira também a matéria: Infecção urinária atinge até 80% das mulheres
Fonte: Correio da Bahia
Ejaculação precoce
O que é ejaculação precoce
Considera-se precoce a ejaculação que ocorre logo após a penetração ou até mesmo antes, sem que o homem tenha controle desse evento.
Para caracterizar o distúrbio, é preciso que o episódio se repita com frequência e o homem não consiga satisfazer a parceira em pelo menos 50% das relações. Em certos casos, o descompasso é provocado pelo fato de a mulher necessitar de mais tempo para atingir o orgasmo. Muitas vezes, nem o próprio paciente sabe dizer quanto tempo leva para ejacular, mas as pesquisas indicam que o homem sem problemas leva, em média, de dois a quatro minutos.
Causas da ejaculação precoce
A principal causa da ejaculação precoce é a ansiedade. Embora parte dos indivíduos consiga controlá-la durante o ato sexual, a grande maioria dos ejaculadores precoces é ansiosa. O problema é que quanto mais repetidas forem essas ejaculações, mais ansiosos eles ficam, mais adrenalina produzem e mais rápido ejaculam. Em alguns casos, a ansiedade é tanta que acabam desenvolvendo algum tipo de disfunção erétil.
Nenhuma teoria sobre as causas orgânicas da ejaculação precoce foi comprovada. Sabe-se, porém, que algumas doenças neurológicas podem provocar o distúrbio.
Prevalência
A ejaculação precoce é comum na adolescência. A falta de experiência, o medo do mau desempenho ou de que alguém apareça de repente, entre outros fatores, criam um estado de ansiedade que acelera o momento da ejaculação. A tendência é o problema desaparecer à medida que são superados esses obstáculos.
A ejaculação precoce secundária pode acometer homens de qualquer idade, com tempo de ejaculação normal, mas que por algum motivo se tornaram mais ansiosos.
Diagnóstico
O diagnóstico é clínico e depende do levantamento criterioso da história do paciente. na maioria dos casos, a principal queixa é a dificuldade de satisfazer a companheira.
Tratamento
O tratamento inclui psicoterapia e/ou o uso de antidepressivos (inibidores seletivos de recaptação da serotonina), que aumentam a quantidade de serotonina no cérebro. O que se espera é que ele seja eficaz para baixar o nível de ansiedade e aprender a controlar a resposta ejaculatória.
Nesse processo, é muito importante contar com a ajuda de uma parceira cooperativa.
Recomendações
* Não se acanhe se tiver ejaculação precoce e procure a ajuda de um especialista para resolver o problema. A terapia sexual costuma dar bons resultados;
* Esteja aberto para o tratamento psicoterápico. Além de ajudar a resolver a causa do problema, ele envolve a participação da companheira, o que repercute na melhora do relacionamento;
* Saiba que o orgasmo simultâneo é raro. O que importa, realmente, é que os parceiros se satisfaçam com a relação sexual, cada um a sua maneira e no seu tempo;
* Considere a conveniência do uso prolongado dos antidepressivos, pois o problema costuma voltar, quando o tratamento é suspenso.
Vasectomia
O que é a vasectomia?
A vasectomia é um procedimento cirúrgico que tem por objetivo tornar o homem estéril; por esse motivo é conhecida também como cirurgia esterilizadora masculina. Consiste na secção do canal (deferente) que leva o espermatozóide, produzido no testículo, para o meio exterior, através do esperma (sêmen).
Em poucos meses o sêmen ( líquido ejaculado durante o ato sexual) terá ausência de espermatozóides .
Não há mudança na capacidade do homem em conseguir a ereção ou mesmo de desenvolver a atividade sexual após a cirurgia. A única diferença é a ausência de espermatozóides no esperma.
Quando é utilizada?
A vasectomia é um dos meios mais eficientes e seguros para obter controle de natalidade e só deve ser realizada a pedido do homem, quando este não deseja mais ter filhos. É importante ter certeza, porque a reversão da vasectomia não é capaz de assegurar o retorno da fertilidade masculina.
O que acontece durante o procedimento?
A vasectomia é realizada no próprio consultório médico, sem a necessidade de internação hospitalar. Geralmente leva de 30 a 40 minutos. O médico aplica uma anestesia local na bolsa escrotal, realiza um pequeno corte na pele de cada lado, os ductos deferentes são identificados, seccionados e ligados com o propósito de não haver uma possível recanalização. Este procedimento é feito nos dois ductos, um de cada vez.
O que ocorre após o procedimento?
O paciente poderá ir embora após o término da cirurgia. Pode haver um pouco de dor no local por três ou quatro dias após o procedimento, sendo necessário, algumas vezes, o uso de analgésicos ou anti- inflamatórios. A área em volta do corte pode inchar um pouco, voltando ao normal em poucos dias.
Após o procedimento é importante seguir algumas recomendações:
– Colocar uma bolsa de gelo no local da cirurgia por 10 minutos a intervalos regulares.
– Permanecer em casa por dois ou três dias.
– Evitar carregar peso por no mínimo uma semana.
– Usar uma cueca mais justa de modo a conter a bolsa escrotal por uma ou duas semanas.
– Voltar ao trabalho o mais rápido possível, geralmente após alguns dias.
O homem poderá voltar a ter relações sexuais tão logo se sinta à vontade para fazê-lo, o que ocorre geralmente após uma semana da cirurgia. Entretanto, por pelo menos um ou dois meses, é necessário usar outro método preventivo para evitar uma gravidez indesejada. Isso ocorre porque existem espermatozoides no deferente, e durante este período pode haver liberação dos mesmos e uma consequente gravidez. Um espermograma de controle deve ser realizado após trinta a quarenta ejaculações para avaliar a ausência de espermatozóide. É sempre importante perguntar ao médico sobre outras medidas necessárias, bem como outros exames necessários para que se tenha segurança ao relacionar-se sexualmente.
Quais são as vantagens da vasectomia?
– Método seguro para evitar a gravidez.
– Não é necessário que se tome nenhum tipo de pílulas ou outras substâncias.
– Não é necessário que haja interrupção do ato sexual;
– Retorno precoce as atividades.
Quais são os riscos associados a este procedimento?
– Reação alérgica ao uso do anestésico;
– Os tecidos ao redor do corte podem ficar inchados(edema);
– Sangramento na região da operação;
– Existe a chance de que em meses após a cirurgia, espermatozoides ainda estejam presentes no esperma e isso acarretar em gravidez indesejada;
– Dor no testículo(orquialgia) em decorrência da manipulação;
– Infecção.
Quando procurar ajuda médica?
Alguns sintomas podem indicar a necessidade de ajuda médica após o procedimento:
– Febre;
– Sangramento persistente;
– Inchaço exagerado nos testículos;
– Tiver dúvidas sobre o procedimento ou os seus resultados.
Cálculo Renal
O que é cálculo renal
O cálculo renal, mais conhecido como “pedra dos rins”, são estruturas sólidas geralmente constituídas por cálcio formadas no rim.
Sintomas do cálculo renal
O principal sintoma causado pelo cálculo renal é a forte dor na região lombar, mas outros sintomas também podem aparecer como o sangramento na urina, ardência na urina, infeção urinária e vômitos. Geralmente o calculo renal é descoberto em situações de emergência pois ele inicialmente não gera sintomas e pode se manifestar com uma dor súbita de forte intensidade.
Diagnóstico do cálculo renal
O diagnóstico do calculo renal e feito com exame de imagem. Os exames mais utilizados para seu diagnostico são a ultrassonografia e a tomografia computadorizada. Através desses exames é possível identificar a localização, a posição, o tamanho e a quantidade de cálculos renais. A tomografia computadorizada geralmente é utilizada para casos mais complexos e se obtém informações mais precisas e detalhadas do sistema urinário, da localização do cálculo, se há dilatação do sistema urinário e orientar possíveis casos cirúrgicos.
Tratamento do cálculo renal
O tratamento dos cálculos renais depende do seu tamanho e localização. Geralmente cálculos menores que 5 milímetros são eliminados espontaneamente. Calculo maior que este tamanho geralmente precisa de algum tipo de tratamento para ser eliminado. O tratamento pode ser desde a litotripsia extracorpórea que um método ambulatorial não invasivo até procedimentos complexos como cirurgias. As cirurgias para o tratamento do calculo renal tem evoluído bastante. Hoje existem cirurgias não invasivas feitas pelas vias urinárias sem a necessidade de cortes no abdômen.
Prevenção do cálculo renal
Uma das medidas preventivas simples e muito importante é a ingestão regular de agua. A urina muito amarelada e um sinal que você pode estar bebendo pouca agua. Diminuir a ingestão de sal, evitar consumo exagerado de proteínas e de alimentos ricos em cálcio também são medidas preventivas. Quem tem história familiar de calculo renal também tem que tomar mais cuidado. Indivíduos que tiveram cálculo renal no passado podem voltar a formar novos cálculos.
Fisioterapia uroginecológica aplicada à urologia
A fisioterapia uroginecológica atua no tratamento das disfunções urogenitais e anorretais contribuindo para o bem estar físico e social de mulheres e homens que são acometidos por estas disfunções.
Situações como incontinência urinária, incontinências fecais, urgência miccional, constipação, flacidez perineal, disfunções sexuais, dores pélvicas, prolapsos genitais, cirurgias pélvicas, prostatectomia radical, são os focos principais da atuação da fisioterapia uroginecológica.
A incontinência urinária é definida como sendo qualquer perda involuntária de urina. A mais comum é a de esforço caracterizada pela perda involuntária de urina ao tossir, espirrar ou realizar esforço físico. Existem outros tipos de incontinência como, por exemplo, a de urgência que é aquela em que a bexiga é hiperativa, ou seja, trabalha demais e faz surgir a toda hora vontade de urinar.
A incontinência urinária não é condição de risco para saúde, afetando a realização plena de atividades diárias por constrangimento higiênico e social; tem influência direta na qualidade de vida de mulheres cada vez mais jovem, pois é um sintoma que não está limitado apenas às mulheres idosas.
As causas da incontinência urinária em mulheres são bastante variadas e a identificação da origem é essencial para o tratamento adequado. Em homens, sem problemas neurológicos, a incontinência urinária está na maioria das vezes associada à história de cirurgias prostáticas. Durante estas cirurgias pode haver lesão do esfíncter ou do nervo responsável pelo seu funcionamento levando a perdas urinárias. As perdas também podem decorrer de um excesso de contrações da bexiga durante o enchimento ou mesmo de transbordamento da urina.
Quanto mais precoce for o encaminhamento do paciente para a fisioterapia, maior será a chance de sucesso do tratamento.
Durante algum tempo, a base do tratamento das incontinências urinárias esteve constituída por ações cirúrgicas e medicamentosas, porém essa abordagem vem sofrendo transformações, tendo em vista que o tratamento cirúrgico é um recurso invasivo, não isento de complicações e com tempo de recuperação, em alguns casos, prolongado. Por outro lado, os efeitos da terapia medicamentosa dependem de uso contínuo e podem causar efeitos colaterais indesejáveis. Assim, o tratamento fisioterapêutico foi, em 2005, indicado pela Sociedade Internacional de Continência como a opção de primeira linha para incontinência urinária devido ao baixo custo, baixo risco e eficácia comprovada.
Para aqueles casos que exigem tratamento cirúrgico, a fisioterapia no pré e pós-operatório pode melhorar muito os resultados obtidos.
A fisioterapia uroginecológica consiste em: treinamento da musculatura do assoalho pélvico através de exercícios perineais e terapia manual, terapias comportamentais, eletroestimulação e biofeedback.
Lucíola Franco Duarte Graciose
Fisioterapeuta
– Especialização: – Fisioterapia na Saúde da Mulher
– Formação em Fisioterapia Uroginecológica, Uropediátrica, Ginecológica, Coloproctológica, Obstétrica e Sexualidade.
– Formação Internacional em Fisioterapia Pélvica
– Atualização em Biofeedback Eletromiográfico
A mulher e a sexualidade
Por Gilma Mascarenhas
Para a sexóloga Gilma, muitas mulheres ainda reprimem os desejos
Com mais liberdade e espaço para se afirmarem na sociedade, as mulheres buscam também a satisfação sexual, mas ainda há muito tabu e machismo em torno do assunto. Por isso é preciso identificar e enfrentar os obstáculos que se colocam para o prazer. Algumas dicas você lê a seguir, na entrevista com a sexóloga Gilma Mascarenhas.
Quando e por que a mulher deve procurar um sexólogo?
Após um sofrimento sexual e psíquico ou através da indicação de um médico ginecologista. O sexólogo é um profissional que vai esclarecer dúvidas e até determinar tratamentos para mulheres que sofrem com problemas relacionados à sexualidade: baixa de desejo, dor na penetração, ausência de orgasmos, dentre outros relacionados à adequação e inadequação sexual.
Ainda existe muito tabu e preconceito que impede de procurar ajuda?
Bastante. Sexo ainda é um tabu na nossa cultura e muitas mulheres ainda se sentem repreendidas em relação aos desejos do próprio corpo.
Por que algumas mulheres não atingem o orgasmo?
Toda mulher tem a capacidade de atingir o orgasmo, exceto se for por causas físicas, como dores e infecções; químicas, como uso de tranquilizantes e bloqueadores de apetite; problemas interpessoais, como depressão; problemas com o relacionamento; ou transpessoais, como as questões culturais e religiosas muito fortes. Infelizmente, muitas mulheres, por falta de conhecimento, anulam seu desejo e fingem prazer para satisfazer o parceiro. Isso vira um círculo vicioso e é responsável por boa parte das doenças psicossomáticas.
Todas as mulheres atingem o orgasmo da mesma forma?
Não. Cada mulher é única, tem seu prazer individual. A maioria das mulheres não sentem prazer vaginal, e sim, clitoriano. Outras sentem os dois; outras só sentem o vaginal; outras gozam na masturbação.
A mulher deve “ensinar” ao homem a forma como elas sentem mais prazer?
Sim, ela deve induzi-lo. Infelizmente, nossa sociedade é machista, não conhece bem o universo feminino. A mulher é dona do seu prazer, deve sim orientar seu parceiro para melhorar as relações sexuais. Tem coisas simples que dão prazer à mulher que vão além da penetração.
O que são orgasmos múltiplos?
O intervalo entre um orgasmo e outro varia para cada mulher e pode demorar segundos ou minutos. Definem-se como orgasmos múltiplos aqueles picos de orgasmos, de prazer, que ocorrem em sequência, um imediatamente após o outro, sem interrupção. Os orgasmos múltiplos não ocorrem nos homens, pois estes apresentam o período refratário.
Todas as mulheres são capazes de atingi-los?
O orgasmo feminino é muito complexo e não apresenta somente um padrão. Pode ocorrer um único e intenso orgasmo, vários orgasmos de menor intensidade ou uma união dessas duas variações. É também comum a mulher confundir a sensação prazerosa após o coito como se estivesse experimentando novos orgasmos. Os múltiplos orgasmos não são a regra geral e não definem por si só se a mulher tem mais prazer, quando comparada a outras com um único orgasmo. Também não se sabe se há alguma predisposição biológica ou emocional a apresentar tal tipo de resposta sexual.
Por que algumas mulheres têm mais desejo sexual que outras?
Por fatores hormonais ou emocionais. Sabe-se que os hormônios produzidos mensalmente por nós, mulheres, podem causar mudanças importantes no nosso corpo e também no comportamento, de uma forma cíclica e recorrente. Como diz a música dos Raimundos, muitas de nós somos “mulheres de fases” e essas fases podem afetar diretamente a atividade sexual. Mulheres que sofrem com alterações de humor causadas pela TPM podem sentir menos vontade de fazer sexo nesta fase. Estudos mostram que geralmente as mulheres sentem mais tesão um pouco antes e logo após a menstruação. Não foi observado aumento do desejo na fase ovulatória (período fértil), contrariamente ao que se imaginava.
O que a mulher deve fazer para “apimentar” a relação e não diminuir muito o número de relações nem dar “brecha” para que o homem procure outra?
Fantasiar.
Com que idade geralmente a mulher deixa de ter desejo sexual?
O normal é que após a menopausa haja uma diminuição da libido, mas com as reposições hormonais de forma correta, a cabeça legal… Ela vai longe!
Mas a mulher não chega à impotência numa certa idade, como o homem?
Não, ela cansa… Mas não fica impotente não, diminui o ritmo só. Tenho pacientes de 70 anos que estão muito bem, felizes e satisfeitas sexualmente!
É verdade que mulher que se masturba muito pode ficar viciada neste hábito?
Não. Ela melhora a vida sexual, pois aprende a conhecer seu corpo.
O que falta para a vida sexual das mulheres ser mais satisfatória?
O diálogo com o parceiro é um ponto crucial, além do conhecimento do corpo e o estado emocional estável.
Gilma Mascarenhas
– Graduada em Psicologia.
– Especialista em Sexologia Clinica.
– Especialista em avaliação neuropsicológica.
– Formação em profissional Coach .
Sexualidade masculina
Os homens sempre sofreram por problemas relacionados ao sexo, independente da idade, mas se escondiam por trás da pose de “machões”. Com o desenvolvimento da ciência e a abertura da sociedade, hoje eles procuram ajuda profissional para melhorar seu desempenho sexual e terem relações em que se dá e obtém prazer.
Quando e por que o homem deve ir a um sexólogo?
Sexólogo é um profissional que vai esclarecer dúvidas e até determinar tratamentos para homens e mulheres que sofrem com problemas relacionados à sexualidade: Dificuldade de ereção, baixa de desejo, ausência de orgasmos, ejaculação precoce, perda de ereção…
Geralmente o homem tem mais vergonha que a mulher em expor sua intimidade? Por quê?
O homem é culturalmente mais machista e protela o máximo que pode seu sofrimento. Normalmente a parceira dá uma força, principalmente quando sente que está afetando os campos da personalidade e desgastes ao seu relacionamento. Porém, a sociedade atual está mais desinibida em relação ao sexo. Homens, mulheres e até mesmo os mais jovens estão mais seguros quanto à sexualidade e a solicitar auxílio da sexologia.
O que leva um homem a ter ejaculação precoce?
A causa exata da ejaculação precoce ainda é desconhecida, mas os pesquisadores da área acreditam que fatores psicológicos e biológicos estejam envolvidos nos motivos que levam à ocorrência desse problema. O ideal é uma investigação com o sexólogo e o urologista para identificar qual a causa que afeta cada indivíduo.
Por que alguns homens “brocham”?
Dentre outros motivos, por estresse, tensão e autoexpectativa.
É verdade que uma das razões da homossexualidade entre homens é que a próstata é sensível, pois tem muitas terminações nervosas, fazendo com que alguns sintam prazer com seu toque?
Acredito que não tenha nenhuma ligação. A homossexualidade é o desejo pelo outro do mesmo sexo e não apenas um prazer no órgão. Qualquer homem pode sentir prazer no ânus e necessariamente não ser gay.
Há homens que não conseguem atingir o orgasmo?
Orgasmo é uma resposta fisiológica natural diante de um estímulo sexual considerado prazeroso. Ele se caracteriza pela ejaculação e pela sensação de alívio da tensão sexual que percorre o corpo todo. Quando o homem não consegue gozar durante a penetração, ele apresenta um Transtorno do Orgasmo Masculino chamado de anorgasmia masculina.
Por que alguns homens têm uma relação apenas e vão dormir, enquanto outros “dão” três ou mais?
Normalmente o homem é diferente da mulher, ele tem o período refratário e não consegue ter várias relações em um curto prazo de tempo. Geralmente os homens finalizam a relação e após um tempo pode-se iniciar uma segunda e uma terceira, porém isso acontece em início de relação, em viagens, lua de mel, enfim, ocasiões especiais. No dia-a-dia essa frequência é bem menor.
A impotência chega geralmente com que idade? Quais fatores a causam?
Existem muitas razões para uma causa psicológica ou orgânica da impotência. Ela pode começar abruptamente, geralmente após um grande trauma psicológico ou pode se instalar gradualmente como resultado da depressão, ansiedade e estresse crônico. Além disso, em muitos distúrbios mentais a libido e a potência sexual podem estar afetadas. É um problema comum que atinge muitos homens, ao menos uma vez durante a vida. Segundo os estudos mais atuais, a doença afeta de 7% a 8% dos homens com idades de 20 a 39 anos e cerca de 55% a 60% de homens com idade acima dos 70 anos.
É verdade que masturbação vicia?
Mito. A masturbação ajuda no autoconhecimento do corpo.
O que o homem pode fazer para apimentar a relação e não diminuir muito o número de relações com o tempo?
Quando namoramos, normalmente temos uma frequência sexual maior. Quando casamos, vêm os filhos, as atribuições, e é normal a diminuição das relações. O que aconselho aos casais é: Tirar um tempo para eles, viajar só, criar estratégias para não perder o encanto e o olhar desejante.
O que falta para a vida sexual masculina ser mais satisfatória?
Um bom diálogo com a parceira, falar sobre o assunto, trabalhar as fantasias, isso é um bom caminho para uma vida sexual prazerosa do casal.